1 JUNHO 2025
06:01:54
INFORMATIVO - MATÉRIAS
03-05-2025 - NO CHÃO DA FÁBRICA - TARIFAS

03-05-2025   -  NO CHÃO DA FÁBRICA - TARIFAS

 

          Vamos a uma rapidinha hoje, só para se ver de relance a imensidão do caos.

 

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          O problema central gerado pela globalização é a desindustrialização do Ocidente. Além do desemprego há a questão da segurança nacional, pois até mesmo equipamentos militares ficam na dependência de importações, um completo absurdo. Ainda no tocante à segurança, até mesmo remédios hoje nos EUA são quase 100% importados. Isso coloca o país em condição de vulnerabilidade total no tocante à guerra híbrida e até no tocante à guerra propriamente dita.

 

          Deixando a questão econômica de lado (o livre mercado), o desemprego gera a degradação social e política, como se viu com Hitler na Alemanha nazista nos anos 20 e 30 do século passado. Um século depois, tem-se agora a questão da vulnerabilidade híbrida militar.

 

          Hoje estamos falando apenas do aspecto do chão da fábrica. Os impactos das tarifas são severos, mas são resultantes do desastre consumado pela globalização, deixando de lado aqui qualquer consideração sobre o que foi positivo ou negativo em termos de livre mercado.

 

          Na busca pela sobrevivência, empresas terceirizaram tudo, "quarteirizaram", "quinteirizaram"... Atividades-meio (como portaria, restaurante, etc.) antes eram bancadas pelas próprias empresas. Depois foram terceirizadas. Chegou-se depois a se terceirizar até a atividade-fim da empresa, com estas se tornando apenas montadoras de peças produzidas por fornecedores, com estes também terceirizando tudo, numa sucessão de repasse de responsabilidades técnicas, tributárias e trabalhistas, sempre com o intento de eliminar ou reduzir custos e riscos, na verdade mesmo o intento era repassar o "abacaxi" e dane-se o resto.

 

          O resultado geral foi a progressiva precariedade de produtos e serviços, gerando queda na qualidade ou redução da durabilidade e da segurança. Com a globalização, surgiu uma urgência na redução de custos, formando uma manada empresarial em desespero. O "just-in-time" já foi no longíquo passado uma parte disso, a eliminação dos custos de estoques, tornando as linhas de produção perigosamente dependentes da sorte.

 

          No patamar atual, inclusive espelhando a política, o consumidor passou a ser visto como um imbecil, um otário, tal como o contribuinte ou o cidadão. Passou a ser visto como um ser dispensável, como o "trabalhador", que de forma eufemística passou a ser chamado tempos atrás de "colaborador", uma peça descartável e dispensável. O eleitor, assim como o consumidor, é um idiota, um dementado, um otário, um estúpido, um animal, gado de corte pronto para o abate.

 

          Nós que trabalhamos no chão da fábrica (indústrias de automóveis e de aviões) lá nos anos (19)80 vimos como tudo degradou em termos de compromisso com o encanto e com a magia das marcas, com o prazer de se projetar sonhos. No início, até um parafuso era produzido pela própria fábrica. Hoje nem o logotipo da marca mais é feito na própria empresa. Virou tudo pelo avesso, com a oferta de produtos e serviços se transformando numa cachoeira de lixo descartável, capim para gado de corte.

 

          As tarifas hoje nos EUA são um mal necessário, um remédio amargo para reverter quase meio século de decadência empresarial. O mega impacto é catastrófico, mas é do mesmo tamanho da catástrofe já consumada em que o parque industrial foi dizimado por completo.

 

          O resultado é o desastre econômico brutal, mas a continuar como está caminha-se para o ponto final de uma eutanásia com anestesia. As dores do parto de um novo ambiente empresarial são insuportáveis e podem até causar a morte do paciente, mas é isso ou a eutanásia com anestesia já em curso. Supondo que tudo desse certo, a economia dos EUA realmente renasceria das cinzas, mas agora focada no mercado interno, pois não só novas empresas surgiriam, as já existentes teriam de reincorporar na cadeia de produção o que foi terceirizado, o método mais seguro para se reverter a quebra na cadeia de fornecedores estrangeiros (com a terceirização foi perdido até o próprio "know-how"). O impacto imediato disso no curto prazo é desastroso, mas a médio e longo prazo isso tem pontencial de alavancar a economia de maneira brutal e sustentada, pois o tamanho do problema hoje é do mesmo tamanho do benefício futuro, um é o próprio outro. Estamos desconsiderando aqui o efeito negativo do protecionismo, que é a falta de incentivo para a inovação. A longo prazo isso seria logicamente maléfico, mas até lá, no fim deste longo prazo, a eutanásia com anestesia atualmente curso já terá matado o paciente hoje moribundo se nada for feito. É um paradoxo na prática, como tudo na globalização.

 

          Estamos falando aqui só da situação dos EUA, em separado, desconsiderando o que poderia advir no resto do mundo. O resto do mundo, como se viu com o resultado eleitoral no Canadá, vai continuar afundando. E cada vez mais depressa.

 

          Veja-se, por exemplo, no vídeo abaixo, como fica a situação na produção de aviões da Boeing, como a questão das tarifas atualmente impostas é catastrófica:

 

MENTOUR PILOT EM PORTUGUÊS - TARIFAS ESTÃO ATINGINDO OS FABRICANTES DE AVIÕES — MAS DE UM JEITO INESPERADO

 

https://www.youtube.com/watch?v=wBMcQrmaNAQ

 

          Acesso o vídeo pelo "link" acima.

 

          Essa catástrofe, porém, tem raízes nas decisões tomadas de dividir a produção em vários lugares e países, para fugir de sindicatos e altas cargas tributárias:

  

LONG HAUL BY SIMPLES FLYING - FROM START TO FINISH: HOW THE BOEING 787 IS MADE (Do começo ao fim, como o Boeing 787 é feito)

   

 

           A decisão de terceirizar tudo o quanto pudesse ser terceirizado na produção teve efeitos catastróficos durante o ataque biológico terrorista chinês/globalista de 2019/20 (Covid), com as linhas de suprimentos de fornecedores sendo cortadas e o preço dos "chips" se elevando por conta da queda na oferta:

 

5 MINUTES LEARNING - BOEING 787 GLOBAL SUPPLY CHAIN FAILURE | INNOVATION CHALLENGE | MBA CASE STUDY ANALYSIS AND SOLUTION  (falha na cadeia de fornecedores do Boeing 787, um desafio de inovação, um caso de estudo de análise e solução para MBA)

 

 

          Antes do 787 (produto tomado aqui como exemplo neste comentário de hoje) os aviões eram normalmente feitos só nos EUA. Com o 787 colocou-se em prática a idéia de fabricar cada parte do avião num lugar, até mesmo seções da fuselagem. Embora isso já existisse (produção fatiada em lugares separados), no 787 isso foi aplicado intensamente para praticamente tudo, formando-se uma miríade infindável de fornecedores, tornando a construção do produto algo precário, tanto em termos de qualidade como em termos de certeza de cadência sustentada da linha de produção. A situação gerou inclusive falhas de projeto e construção, denunciadas por engenheiros da empresa, inclusive com dois estranhamente morrendo quando estavam prestes a depor sobre a situação. Abaixo se tem o caso de um engenheiro da empresa que denunciava problemas gerados na junção de seções da fuselagem do 787 feitas em lugares diversos, o que poderia ocasionar (segundo o engenheiro) ruptura da estrutura após muitos ciclos de utilização:

 

RÁDIO BANDEIRANTES - ENGENHEIRO DENUNCIA FALHAS NA FABRICAÇÃO DE BOEING 787 DREAMLINER | JORNAL GENTE

 

 

          Outro exemplo. O caso do Boeing 787-max foi mais um exemplo desta situação de desespero empresarial em que foram mergulhadas as empresas na globalização. O correto teria sido redesenhar toda a cauda da aeronave, para poder adequá-la à turbulência produzida pelos novos motores posicionados em local inapropriado tendo em conta o projeto original. Mas não, em vez de se redesenhar a cauda, foi implementado o MCAS e ainda sem redundância nos instrumentos de controle. Tudo para reduzir custos. Era isso ou a perda do mercado para a concorrente, pois não haveria tempo para se redesenhar toda a cauda. O resultado foi o desastre, dois acidentes, aviões proibidos de voar ("groundeados") e indenizações. O corte de custos esteve na raiz de tudo isso. Outro componente nesta história foi a aposentadoria dos engenheiros pioneiros, que amealharam o conhecimento depois de verem vários projetos abortados ainda no ninho durante testes experimentais ainda precoces. Os engenheiros de hoje em dia já pegaram tudo pronto e quem faz o teste experimental agora é o consumidor. E isso vale para tudo. O motor 2.0 aspirado das antigas "naves" automotivas agora é um 1.0 três cilindros com turbo, uma bomba ambulante. Produzida para o consumidor/eleitor de hoje em dia, um asno. Potente e econômico, mas uma bomba descartável.

 

          É toda esta porcaria que está por ser revertida e precisa ser revertida. Mas o pacote de Trump chega tarde demais: a tecnologia avançou muito e mesmo com uma produção 100% nacional o desemprego tecnológico estrutural ainda vai continuar. E agora adentrando numa nova fase de evolução exponencial, uma nova década na "escala de log", a era da IA. Quatro anos ainda restantes no atual mandato são tempo meio insuficiente para que eventuais resultados positivos do pacote de Trump possam produzir impacto eleitoral e possam então garantir a sobrevivência da democracia e do Estado de Direito nos EUA. Não é "acordo", como se diz, é só um pacote, pois é algo unilateral, não envolve outros países. Não há, ao contrário do que se diz, o que ser "negociado" com outros países em termos de tarifas. Estas foram impostas apenas para barrar as importações. De forma primária, rude e tosca. O que se aguarda é que as empresas voltem para os EUA, o que se aguarda é que tomem essa decisão (o que há a ser negociado  mesmo é essa vinda das empresas de volta). Mas como visto nos vídeos acima, isso não é possível da noite para o dia. E há ainda outras variáveis. Trump pode ser assassinado ou ocorrer um novo atentado terrorista biológico, pondo tudo por terra. Pode ainda ser ignificada uma crise no mercado financeiro, pondo também o governo Trump por terra (aliás, parte da volatilidade atual é fabricada, já para induzir um holocausto mesmo). Assim, as empresas ficam num impasse. E o impasse empresarial perpetua o impasse financeiro do mercado, a volatilidade. Quem tem mesmo de decidir são as empresas, não os países. Estes não têm o que "negociar".

 

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          Assim como os "engenheiros novinhos" de hoje em dia, aqueles do 737-max da vida, temos os analistas econômicos "novinhos" também. Para eles, nada de apocalíptico está em curso, só ciclos de mercado. Estamos em pleno Apocalispe Bíblico sim. Um tempo de destruição. Durante centenas de milênios a evolução científica e tecnológica seguiu uma reta paralela ao eixo das abscissas e nela colada. Foi só no último século e meio que tudo se desenvolveu, formando-se uma curva exponencial que agora tende ao infinito. No dia em que a avó do editor aqui nasceu (1909), não havia uma lâmpada de luz e não havia uma torneira com água encanada. Este era o mundo. Estamos vivendo o apocalipse bíblico sim, ele está em pleno curso. É uma época em que ciência e tecnologia se tornaram disponíveis para trogloditas morais, monstros. O resultado não pode ser outro que não uma catástrofe, a que agora está em curso. A mesma que foi vivida por Atlântida. E este momento atual foi simplesmente antevisto mediunicamente e registrado como sendo o marco temporal da revelação (apocalipse). A revelação da existência do mundo espiritual de forma objetiva e clara, sem parábolas, sem rodeios, como tem se tornado agora comum com a divulgação descentralizada via internet. Não estamos em mais um ciclo de mercado e sim no fim de um ciclo civilizacional. O apocalipse bíblico está acontecendo mesmo.

 

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DITADURA BRASILEIRA ATUAL

 

          O lugar dos corruptos do STF é na cadeia (não existe outra pauta no país que não essa). Só havia duas alternativas institucionais legalmente previstas para isso: cassação pelo Senado (impossível, por o Senado ser 2/3 corrupto) ou a intervenção militar prevista no artigo 142 da Constituição. Se a necessária intervenção tivesse sido decretada em 2022, o país mergulharia numa guerra civil. Não por haver povo dividido e sim por o crime organizado de Brasília estar umbilicalmente ligado à marginalidade comum da favela, o narcotráfico. Este crime comum, assim como facções de polícias corrompidas e até exércitos de narco-Estados vizinhos, teria de ser enfrentado pelas Forças Armadas; haveria algo como dezenas de milhares de mortos, uma verdadeira guerra. O Brasil é hoje um narco-Estado umbilicalmente ligado também ao terrorismo internacional. Não há mais saída para o Brasil, a situação é irreversível. Mesmo com as sanções que virão, nada vai mudar. Corruptos do STF seguirão no poder, tal como se viu com Assad, com Khamenei, Kim, Putin, Fidel Castro, Maduro e outros canalhas do mesmo naipe. Qualquer solução teria de ser interna. E internamente absolutamente nada vai acontecer. Os trogloditas morais não são só os canalhas no poder, são os integrantes do povo também, que seguem em anomia e displicência diante da barbárie.

 

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UMA FUTURA DITADURA NOS EUA, IGUAL A BRASILEIRA

 

          Por isso tudo, fica aqui a nossa recomendação para os EUA. O povo  dos EUA deve preparar-se com o máximo de armas e munições possível, para uma guerra civil. Caso Trump não consiga terminar ou mandato ou não consiga fazer o sucessor, o crime organizado retomará o controle nos EUA e a partir daí o cenário será igual ao brasileiro: a cúpula judiciária será aparelhada e corrompida (terminando-se de aparelhar o que ainda faltava aparelhar), formando-se uma ditadura que só poderá ser deposta pelas armas. E terá de ser deposta pelas armas, pois não há outra maneira de reverter a dissolução do Estado de Direito e da democracia, a não ser reinstituindo pela força a República, ou seja, pelas armas. Não se trata aqui (como ridiculamente se diria) de discurso de ódio, fascismo ou golpe de Estado. Apenas puro pragmatismo, pois a única linguagem que bandido entende e respeita é a da bala. Não fosse assim, a polícia não usaria armas. E o caso dessa gente é de cadeia. Só a força das armas os colocará na cadeia. E é o que o povo dos EUA terá de fazer caso o crime organizado retome o controle do país nas mid-terms em 2026 ou nas eleições presidenciais de 2028.

 

          Os EUA só não conseguiram mais ainda em matéria de persuasão militar internacional porque Trump está no poder por uma vontade do povo e não por conta da vontade da elite dominante. Se esta estivesse em alinhamento com Trump, todas as guerras no mundo teriam cessado. A situação mesmo nos EUA só estará definitivamente resolvida a ponto de se poder falar em mudança de ordem mundial quando os "jornalistas" bancados pela USAID estiverem na cadeia e a grande imprensa deixar de ser parte integrante do crime organizado da politicalha e passar a veicular notícias recheadas de análises imparciais. Além disso, os políticos e juízes corruptos precisam também ir para a cadeia. Enquanto isso não acontecer não se poderá falar em mudança da ordem mundial. Por ora, o que se tem é só um espasmo, um soluço, um hiato. Isso porque o povo sempre otário poderá recolocar no poder em 2028 os criminosos, se o seu umbigo não estiver satisfeito. São tempos realmente apocalípticos. E a guerra civil a partir de 2028 ou mesmo 2026 terá de ser levada adiante pela parte consciente do povo que restar, a que entende que democracia e liberdade são mais importantes do que migalhas no bolso. Não é guerra de povo contra povo, de país contra país. É uma guerra entre o cidadão e o monarca absolutista, o que sempre existiu ao longo de toda a eternidade.

 

          Está realmente cansativo tudo isso e o volume de catástrofes multifacetadas em curso é crescente. Nem nós aqui estamos tendo saco para tudo isso mais. Aqui é apenas um passatempo, não temos patrocínio e nem monetização. Para quem vive disso, trabalhando em jornalismo, está de vomitar a coisa, insuportável. 

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