25 ABRIL 2024
13:56:56
INFORMATIVO - MATÉRIAS
01-11-2018 - MORO NO GOVERNO - PRÓS E CONTRAS

01-11-2018   -   MORO NO GOVERNO  -  PRÓS E CONTRAS

 

          Está quase certo que Sérgio Moro participará do governo Bolsonaro. O que existe de positivo nisso é o fato de Bolsonaro passar a dispor de assessoria jurídica honesta e eficiente, para enfrentar as armadilhas que terá pelo caminho, como a constante objeção do STF petista aparelhado. Outro ponto será a grande capacidade de coordenar e orquestrar operações corretivas e preventivas. Bolsonaro precisará de assessoria jurídica de primeira linha, constante, permanente. Para tudo. Assim, fica imune a problemas relacionados a crimes de responsabilidade por descumprimento das regras administrativas. Seja Moro, seja outra pessoa, ele precisará de assessoria. Nesse ponto a nomeação de Moro será positiva. Outro ponto é dar ao governo uma truculência jamais vista em termos proativos.


          Os pontos negativos, porém, são preponderantes. A saída de Moro da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba tirará agilidade do andamento dos processos. Moro é uma máquina de trabalho insano. Com a memória de tudo desde o início e da correlação entre os vários envolvidos, o juiz ganha eficiência no trato com a mentira processual, o cinismo das defesas. A "lava-jato" não chegou ao auge ainda. Embora já tenha atingido o STF, os ministros ainda não foram investigados a fundo e nem denunciados. As delações resvalaram no tribunal, sendo abortadas na PGR. Os ministros do STJ foram utilizados como saco de pancada, para amedrontar os ministros do STF em delações de festim, em chantagem, como mostrou o caso Delcídio e também mostrou o caso Joesley.


          Seria prematuro comentar isso agora, em face do perigo ainda reinante. Mas, dada a situação, teremos de falar. O grande sucesso da "lava-jato" é devido mais aos delegados da Polícia Federal e aos procuradores do MPF de Curitiba do que a Sérgio Moro, embora ele também seja responsável pelo sucesso. Foi a investigação que possibilitou chegar aos resultados. O trabalho do juiz, embora excelente, foi apenas o corolário do grande trabalho da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Outro fator que fez a "Lava-jato" andar foi a atuação seletiva do petista Janot (agora assumido, depois de declarar voto no poste), na orquestração para tirar o PMDB do controle do Congresso Nacional e derrubar Temer da presidência. Não fosse essa ação seletiva, pouco ou nada teria acontecido na "Lava-jato" de Brasília, que terminou com Delcídio absolvido, mostrando que algo está gravemente errado, tanto quanto no Rio de Janeiro, com Bretas elogiando Lula e homologando delações tipo Joesley.


          Outro fator de sucesso da operação foi o alinhamento cósmico produzido por delegados, procuradores e juiz honestos, eficientes, corajosos, destemidos, competentes e determinados, uma utopia no serviço público. Em grandes escândalos, sempre tudo pára em algum lugar, num delegado corrupto, num procurador seletivo, num juiz medroso ou noutra combinação qualquer. Desta vez não. Foi um milagre cósmico, algo improvável.


          Sendo assim, a saída de Moro provocará a ruptura deste milagre. Mesmo que o eventual substituto seja milagrosamente alguém honesto, competente, corajoso e determinado, haverá brutal perda de eficiência, dada pela multiplicidade de envolvidos nos processos. Outro fator será a intensificação das ameaças de morte, que passarão a ser brutais, na esperança de que o substituto não tenha a mesma determinação. Moro não foi morto ainda porque isso causaria comoção de efeitos inauditos, podendo gerar até uma intervenção militar. O substituto, se morto, não causaria tanta comoção, por ser desconhecido.


          Nós que tudo acompanhamos aqui podemos falar por experiência própria. Moro é um arquivo vivo. Sua saída da 13ª Vara não é recomendável. Pelo menos por ora. A "lava-jato" só estará terminada quando o STF estiver dissolvido. O tribunal composto de integrantes nomeados por criminosos, o tribunal das ADCs que desrespeitam a coisa julgada, o tribunal das questões de ordem que desrespeitam a coisa julgada, o tribunal da repercussão geral sem fundamentação legal, o tribunal dos "habeas corpus" de ofício fundados em coisa nenhuma, o tribunal das súmulas vinculantes em desvio de finalidade, o tribunal dos despachos e agravos que violam o juízo prevento, o tribunal da "disenteria verbal", o tribunal dos "covardes", o tribunal da "mulher com saco", o tribunal das "senhas para soltar corrupto", o tribunal do juiz "sem precedentes", o tribunal do "fatiamento", o tribunal de legisladores de ADPFs é o que vem agora falar que Bolsonaro deve respeitar a Constituição, intimidando o novo presidente, como se lhe estivesse a dar recado de que vai procurar pelo em ovo para cassá-lo. A corja da máfia petista maldita faz coro à hipocrisia. Moro, no STF, por ora, será uma peça do sistema jogada fora, inutilizada, um simples voto vencido dentro do circo judicial.


          Considerando-se este cenário, de prós e contras, o ideal seria aproveitar o que será desperdiçado. O procurador do MPF de Curitiba Carlos Fernando dos Santos Lima irá se aposentar. Este sim seria uma excelente indicação para o Ministério da Justiça. Faria todo o trabalho que Moro pode fazer, com a mesma eficiência, a mesma competência, a mesma honestidade, a mesma determinação, a mesma coragem, o mesmo rigor e a mesma fé, sendo um aliado de Bolsonaro, tanto quanto Moro. O procurador que iria ficar jogado às traças, aposentado, volta à ativa, sem causar prejuízo ao sistema e Moro pode continuar na "lava-jato", podendo ser indicado para o STF depois, quando este estiver dissolvido. A sinergia desta solução seria infinitamente maior do que colocar Moro dentro do barco furado do STF, alijando o sistema de uma peça extremamente útil.


          Moro, evidentemente, pode ter alguma ambição e idéias. Baseado no que ele sabe, ele, melhor do que ninguém, conhece o que é melhor para o país. Pelo que nós acompanhos aqui, sua saída do Judiciário seria prejudicial, neste momento. Pode ser que ele pense diferente. Por outro lado, sua participação no governo poderia criar um sucessor natural para Bolsonaro, o que seria positivo, pois Bolsonaro, no atual quadro, não tem sucessores à sua altura e nem que chegue aos seus pés, excluindo-se o próprio vice. Por outro lado, a adesão ao novo governo ensejaria a brecha que falta para o STF petista declarar sua suspeição, em mais uma decisão ilegal e criminosa, anulando-se todo o trabaho da "lava-jato". Embora isso seja tecnicamente impossível, o que a corja do STF precisa é de apenas  qualquer pretexto.


          Lembrando agora de "Bessias" e do termo de posse de Lula, seria conveniente que houvesse uma assinatura antecipada do termo de posse na presidência, antes do desfile oficial do dia 1 e antes do discurso e da transmissão da faixa presidencial. Excluindo-se uma atuação espúria do STF, a máfia petista não tem meios agora de driblar a derrocada final. O único meio disponível é o assassinato. E dele se lançará mão, se houver vacilo. Em caso de assassinato do presidente, o vice poderia assumir, por estar o termo de posse já assinado. A cerimônia de assinatura poderá até existir, mas deve ser uma cerimônia simulada. A verdade é que a probabilidade de assassinato será uma constante, principalmente nesse momento póstumo, onde todos desarmam os espíritos, entorpecidos pela vitória na batalha que é só 10% da guerra ainda. Não haverá descanso enquanto Dirceu, Gilberto Carvalho e companhia não estiverem presos e incomunicáveis e enquanto o atual STF indicado pelas máfias do PT e do PMDB não for dissolvido, sendo recomposto por novos integrantes. Não se trata de revanchismo, de vingança. Trata-se de medida de saneamento das instituições apodrecidas.


          A máfia petista não baixa a crista. O retórica besta do STF e os discursos mafiosos de petistas derrotados no Congresso dão o tom no sentido de que a máfia comunista vigarista planeja voltar ao poder oficialmente e imediatamente. Não fosse assim, todos estariam já recolhidos as suas insignificâncias eleitorais.


          Para que fique claro, dizemos aqui que não somos representantes de Bolsonaro e nem dos militares. Este "site" é um mero passatempo, imparcial, criado para tratar da crise do "subprime" nos EUA de 2008. Com a desestabilização da economia brasileira na era lulo-dilmista, passamos a tratar da crise econômica brasileira. Não somos de direita, não somos de esquerda, não somos enviados dos céus, não somos da elite burguesa e nem da escória proletária. Nós somos do inferno mesmo, foi de lá que nós viemos. Para buscar o Diabo e trazê-lo de volta para o seu lugar: servir de lenha do caldeirão, no subsolo do umbral. Esse é o nosso passatempo atual. O psicopata de Vinhedo quer transformar a antiga oitava economia do mundo numa miséria bolivariana de merda. Roubar só é pouco. O cara que destruir tudo, como Nero fez com Roma.


          Por isso tudo não se pode baixar a bola, não se pode baixar a guarda. Ainda falta 90% do rescaldo da crise institucional a ser resolvido. Bolsonaro não terá paz enquanto não houver o desaparelhamento do Judiciário, da imprensa, das universidades e do Executivo. Por tudo isso, é conveniente que Moro, por enquanto, fique onde está. A máfia petista maldita perdeu todo o seu maior capital: o povo que estava dormindo em sono profundo. Agora tudo se complicou. O único ponto positivo é que os governos terão oposição, algo que não existia mais desde o Mensalão. Uma ferrenha oposição, a da máfia petista, que vai fiscalizar cada pelo em ovo dos novatos da política.


          Como já dissemos, o cenário azul da "Fakenews" da TV a cabo é o "benchmark" verdadeiro da morte final da máfia petista. Enquanto a imprensa vagabunda estiver malhando Bolsonaro injustamente nos cenários vermelhos cristianos, a máfia petista estará ativa e pronta para dar o bote, o que inclui absolutamente tudo. A descapitalização (a perda do butim) da máfia petista provoca agora a falência das livrarias (transformadas em vitrine de lixo esquerdista, onde até papel higiênico com a cara do Pixuleco se vende como se fosse livro idôneo). Logo mais virá a imprensa, que passará agora pela sua mais profunda crise: falta de assunto para atrair leitores (pois o inimigo foi derrotado), falta de dinheiro e jornalistas boçais vendidos, hoje sem qualquer credibilidade. É uma combinação fatal.


          Não haverá milagres no governo Bolsonaro, o maior deles já foi feito: a máfia petista saiu do poder. O país que estava de cadeira de rodas voltará a andar. Não vai voar, mas para quem estava na cadeira de rodas isso já é milagroso. São Paulo, que estava na cadeira de rodas social-democrata e ia ficar comunista e tetraplégico, vai continuar na cadeira de rodas social-democrata (a ponta direita da esquerda na tesoura de Olavo), o que não deixa de ser positivo (pois embora o povo continue enganado, acredita que não se deixou enganar ao não trocar o ruim pelo péssimo). Ao se apossar do partido, expulsando o chuchu, o inhame, a vagem, o quiabo e o palmito, a última bolacha recheada do pacote poderá ter liberdade para assumir uma personalidade própria positiva, mais condizente com a sua aura resplandecente dos antigos tempos televisivos proativos. Embora sua retórica tenha sido o suprassumo das bravatas-clichê da politicalha, pelo menos escolheu as bravatas corretas para o momento, ao apoiar Bolsonaro de forma contudente, ao contrário do opositor petista enrustido, que ao se calar confessou o credo petista, deixando transparecer a sua real natureza.


          A eterna pergunta: como se governará sem a troca de favores no Congresso. A resposta: o Executivo, tanto quanto o Legislativo, não é lugar para troca de favores, é lugar de trabalho. O Congresso é lugar de discutir propostas, não é lugar de barganha política. Não é para isso que o Congresso existe. Ele também terá de se adequar à nova realidade. O Executivo existe para cumprir as leis. E o Legislativo existe para fazer as leis. O Executivo da era Lula existia para roubar e o Legislativo da era Lula existia para mamar na teta do suborno, ajoelhando-se. O roubo será minimizado, reduzindo-se aos padrões de normalidade, não havendo mais como o Legislativo ser subornado. Este terá de se ater ao que é a sua função: legislar, pois a fonte secou. A imprensa falida e corrupta fica perplexa: como assim? O nosso vai acabar também? Assim não se governa! O choque de realidade será brutal. Os âncoras de 100 mil reais por mês vão ter de viver de anúncios do google, o que será complicado, pois ninguém clica para ouvir mentira. Mentira só se ouve por osmose, enquanto não chega a hora da novela, que também ficou um lixo, era tudo no nível do braga, mas a máfia mandou deixar tudo no nível do manoel. Foda. A imprensa só tem uma alternativa: embarcar na onda de renovação e alavancar o nível, reconquistando a credibilidade e os assinantes, ou seja, reconstruindo o seu próprio mercado, destruído por décadas manoelinas de tédio, mentira, cinismo e babaquice, trantando o leitor e o espectador com idiota. A solução é seguir agora o padrão ditado pela única referência que sobrou: "O Antagonista". Quando todos fazem o mal, todos acabam perdendo. Quando todos fazem o bem, todos saem ganhando. Essa é a nova filosofia de sobrevivência daqui em diante. A imprensa focou na liquidez do dia de hoje, construindo a insolvência do futuro. O leite está derramado.

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