02-02-2019   -  19h50   -   DAVI ALCOLUMBRE ELEITO PRESIDENTE DO SENADO. RENAN CALHEIROS DERROTADO.

          Com 42 votos, foi eleito em primeiro turno (na segunda votação), Davi Alcolumbre, do DEM-AP, presidente do Senado Federal.

          Após a desistência de Renan Calheiros, tudo ruiu. Como uma criança mimada, Renan foi embora do Plenário, após renunciar à candidatura.

          O resultado da votação:

          Davi Alcolumbre, DEM-AP, 42 votos;

          Espiridião Amin, PP-SC, 13 votos;

          Ângelo Coronel, PSD-BA, 8 votos;

          Reguffe, sem partido, DF, 6 votos;

          Fernando Collor, PROS-AL, 3 votos.

          Votaram 77 senadores. Quatro não votaram, eram votos para Renan.

          Assim, de plano, tem-se uma oposição sacramentada no Senado de 34 votos. Mas dos 42, uma parte não votaria assim se a votação fosse 100% fechada.

          Seja como for, o cenário ficou mais ameno para o governo, não no sentido de que conseguirá aprovar reformas, mas no sentido de que deixará de haver uma disposição prévia de cassação do presidente Bolsonaro. Não há uma maioria de 54 votos contra o governo.

          A primeira e maior missão do novo presidente do Senado será comandar o processo de cassação de todos os integrantes do Supremo Tribunal Federal e também da atual procuradora-geral da República por crime de responsabilidade. Na atual conjuntura formada, se houver pressão das ruas, a dissolução integral do STF pela via civil, democrática e pacífica poderá ser possível.

          Ontem e hoje foram dias tensos. Iremos agora para a segunda enxaqueca dos últimos três dias. Na quinta-feira vomitamos o estômago fora diante da possibilidade de ter de ouvir mais uma vez Lula fazendo discurso e vomitando merda nos microfones. A quinta-feira foi integralmente perdida com enxaqueca e amanhã será também mais um dia perdido.

          A pressão funcionou. O Senado se levantou e recobrou o rumo. Renan Calheiros agora é figura do baixo clero. Sem o cargo de presidente, sem controle da Mesa, sem acesso ao cofre do Executivo, torna-se agora um simples mortal.

          Mais 10% da guerra foi vencida hoje. Faltam agora 80%. O Messias na presidência da República e o Davi na presidência do Senado. Os signos da sincronicidade desta vez não são enigmáticos, são explícitos. A não ser que o novo presidente da Casa seja um impostor, o castelo de cartas apurado na "Lava-jato" começará finalmente a cair em cascata agora.

          Vamos agora vomitar. Não é porque o resultado foi bom que a tensão deixou de existir. Ainda falta vomitar doze vezes, onze ministros e uma procuradora-geral. Aí sim o caminho estará livre. Ufa!