12-02-2019   -   COMPROVADA A CHANTAGEM CONTRA O STF

         Receita divulga que não há qualquer investigação em andamento contra Gilmar Mendes. Não foi apurado quem fez o vazamento de relatório sobre investigação de Gilmar Mendes, que como contribuinte é um simples mortal como outro qualquer, não é um "supremo".

        No Senado, três assinaturas foram retiradas do pedido de CPI da "Lava-toga".

         A combinação mostra que houve uma chantagem contra os bandidos de toga. Ou eles ajudam acabando com a "lava-jato" ou serão cassados. Como a cassação inviabiliza a salvação definitiva (porque não se quer só a liberdade, quer se continuar roubando), fica-se neste jogo de "morde e assopra".

      A notícia de investigação da Receita era para dar um sustinho, um aviso. A CPI, da mesma forma. A assinatura da senadora da pasta, que foi retirada do pedido de CPI, mostra que tratou-se de pura safadeza, a glande deu uma raspadinha de leve no rabo dos ministros, só para assustar um pouco.

      Nada impede que o Senado investigue o Judiciário, pois o poder de investigação do Congresso sobre qualquer coisa é absolutamente total, podendo inclusive quebrar sigilos sem autorização judicial, até mesmo de ministros do STF, que são autoridades como quaisquer outras, não são "supremos" intocáveis. Mesmo que no regimento interno do Senado houvesse regra limitadora deste poder, seria regra inconstitucional. Mas não há limitação, nem no regimento.

        A morte de Boechat no acidente de helicóptero ontem colaborou para todos esquecerem do STF por alguns minutos. Mas o assunto volta, não tem como, o STF é a bola da vez. Nem que caia um helicóptero por dia o cagaço no STF deixará de estar na ordem do dia. O país está absolutamente travado, com uma prisão de ventre institucional. O STF está com as tripas abertas e com a bolsa de colostomia de decisões ilegais cheia, não cabe mais. E não adianta disfarçar com a toga do esquecimento pelo vencimento pelo cansaço por cima porque o mau cheiro tomou conta de todo o espaço, ficou sufocante.

          A situação saiu do controle e as medidas tomadas pela máfia petista foram impensadas, fracassando diante do avançado estado de desmantelamento da máfia comunista. Diante do desespero, uma das medidas a serem tomadas poderá ser escolher algum ministro para ser sacrificado, em "impeachment" para servir de exemplo para os demais. Uma opção pode ser o de Dias Toffoli, por sua intromissão na separação de Poderes, na votação do Senado. Ficaria só por conta de um crime de responsabilidade a título de suposta burrice, sem se apelar para aspectos como o suborno. Com a queda de um, os demais seriam constrangidos a agir. E o cassado seria sacrificado sem criar risco imediato de delatar os demais, pois seria deposto só por burrice, não por corrupção (no ver do Senado).

        Enquanto isso, no balança mas não cacai, a Polícia Federal seguiria comendo pelas bordas, levantando informações sobre os arredores apodrecidos do STF, com foco no caminho do dinheiro. Será preciso uma intervenção no grupo de inquéritos do STF, reorganizando-se toda a estrutura da PF neste setor, que é também uma mina riquíssima em informações. No dia 14 e no dia 19 teremos duas decisões no STF sobre matéria cujo mérito não pode ser outro diverso do que já é a jurisprudência consolidada. No dia 14 a Segunda Turma não pode rever a decisão de execução penal antecipada tomada em sede de controle concentrado de constitucionalidade (equivalente ao controle em ação direta de inconstitucionalidade e em ação direta de constitucionalidade), pois trata-se de coisa julgada. No dia 19, o tribunal não pode entrar no mérito da questão relativa à possibilidade de um crime de corrupção e outro de lavagem de dinheiro constituírem um só (o que levaria à prescrição dos crimes de Lula), pois isso implica análise de fatos, o que é vedado em tribunais superiores por conta da natureza do que se pode questionar nessas esferas recursais.

         A chantagem contra os bandidos do  tribunal é para que essas duas votações revertam o que não pode ser modificado por ser coisa julgada e o que não pode ser modificado por ser defeso pela lei nesta esfera recursal. O pedido de cassação de Toffoli já está protocolado e será usado como chantagem também. Nesse caso, será a repetição em parte do que foi feito com a criminosa Dilma Rousseff: foi escolhido o pedido de cassação com os motivos mais amenos possíveis, que não gerassem retaliações posteriores fundadas em delações. Com a saída de Toffoli, assumiria o "Maria vai com as outras", suposto especialista em "cuestões" processuais civis. O problema desta alternativa é que se abriria uma vaga a ser preenchida depois por Bolsonaro, contratempo que neste cenário serve para blindar os bandidos do tribunal desta alternativa, "tirar no palitinho" alguuém para ser sacrificado por algum crime de responsabilidade mais ameno. Neste caso, a solução poderia então ser escolher alguém da Primeira Turma para ser o descartado, a Turma que não lida com a "lava-jato". Outro problema, desta vez para os delatores, será o que vai acontecer após setembro. Com o novo procurador-geral, as delações diretamente contra o STF poderão ser acordadas, desde que contra absolutamente todo o tribunal. Quem não se antecipar vai terminar como Marcos Valério, o carequinha do Mensalão.

        A merda fede, está transbordando. O cenário de implosão incontrolável vai se tornando progressivamente crítico. Dirceu está feliz, estava na festa, mas meio contrariado. Deve ter escolhido já quem será o "idiota útil de Stálin" a ser sacrificado no STF. Ele não raciona em termos do que vai ou pode perder, pois ele já está na merda. Ele só pensa no que pode ganhar. Já as togas cagadas ficam cada vez mais pesadas, impossibilitando sair-se até do lugar, que por isso faz o cheiro da merda impregnar cada vez mais o ambiente.