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09-05-2019 - MÁFIA PETISTA, EM PACIFICAÇÃO FORÇADA, VOLTA A TOMAR A DIANTEIRA E A DITAR RUMOS |
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09-05-2019 - MÁFIA PETISTA, EM PACIFICAÇÃO FORÇADA, VOLTA A TOMAR A DIANTEIRA E A DITAR RUMOS
Ontem, 8/5/19, o STF tomou duas decisões plenamente constitucionais. Duas decisões constitucionais. As duas em prol dos criminosos.
1) Assembléias Legislativas podem deliberar sobre a prisão de seus integrantes em caso de ordem judicial;
2) Condenados criminalmente, após o trânsito em julgado, perdem os direitos políticos.
No caso 1, foi a reversão da perseguição seletiva do período 2015-2017, que foi abortada após a vitória de Michel Temer quanto ao golpe petista orquestrado com a delação de Joesley. Com o fracasso do golpe, o STF teve de abandonar a venalidade seletiva e retornar à venalidade tradicional, pois a máfia petista não retornaria mais ao poder imediatamente (ou talvez nunca mais). O que foi decidido está de acordo com a Constituição. A regra existe justamente para evitar a perseguição seletiva usando-se um Poder para subjugar o outro, em desvio de finalidade, como vinha acontecendo no período 2015-17 (da AC 4070 no STF até a Adin 5526). Embora isso beneficie os criminosos, é a regra constitucional, que existe justamente para se evitar a formação de uma hegemonia política a partir da subjugação de um Poder pelo outro (como foi feito na Venezuela e se começou a fazer aqui a conta-gotas).
No caso 2, a decisão foi também constitucional, mas o objetivo é outro. É perseguição contra o povo. A idéia é essa: tomando-se o exemplo de Modesto Carvalhosa, irão condená-lo por caluniar o STF e depois dizer que como ele é condenado não tem direito de denunciar os criminosos no Senado ou exercer outros direitos políticos, como ação popular, votar ou ser votado. A idéia é dizer que os que denunciam os crimes do STF são criminosos e que por isso então não tem direitos políticos para denunciar os crimes dos onze integrantes do STF, que se tornou uma organização criminosa num certo sentido (autônoma), ao mesmo tempo em que é um braço jurídico das organizações criminosas da politicalha, como a petista de Lula e a peemedebista de Cunha e Temer. Isso é o que está por trás da decisão de hoje neste tocante. É castrar o povo. E para isso será usado o inquérito ilegal e inconstitucional, o 4781. Para completar o plano será preciso ainda contar com a ajuda de juízes corruptos em primeiro grau, porque os crimes objeto de denúncias (arquivadas ou nas gavetas) passarão a figurar em ação penal aberta, um tiro de ponto 50 no pé do tribunal. O que se queria arquivar e deixar esquecido será judicializado. O tiro sairá então pela culatra. Por isso será preciso contar com a ajuda de juízes corruptos em primeiro grau. Para arredondar tudo e punir os denunciantes, para que eles não possam mais denunciar coisa alguma. Esse foi o golpe de ontem.
A reação da máfia do STF segue paulatina, mas em progressivo aumento de velocidade, pois, como já era de se imaginar, foi descoberto um canal das propinas da toga: os advogados famosos puxadores de saco dos criminosos travestidos de juízes. Um delator da OAS disse que o escritório em que trabalha a esposa de Gilmar Mendes teria repassado R$ 360 mil para Cesar Maia (ex-prefeito do Rio e pai do Botafogo Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados). E se passa para um, passa para a boiada inteira. Com o jantar ridículo, agora se tem uma lista de centenas de linhas de investigação, prontinha, dada de bandeja, na festa do Titanic.
Como previsto já desde antes de o Universo ser criado, a única solução seria uma intervenção militar. Bolsonaro está só. Um presidente cercado por um Congresso de ladrões (querer tirar o Coaf das mãos de Moro é coisa de bandido, não há lógica para isso, não aprovar o pacote anti-corrupção é coisa de bandido, não dar andamento à CPI da toga é coisa de bandido, não dar prosseguimento aos pedidos de "impeachment" dos bandidos do STF é coisa de bandido). Embora existam os que se salvam ou pareçam se salvar, como mostraram os 29 que assinaram o pedido de CPI da Toga, a maioria é de investigados e réus da "lava-jato", interessados em que a bandalheira no STF continue.
Com Judiciário e Legislativo tomados pela corrupção, o presidente está só, engessado, é o Guaidó brasileiro. Vai ciscar, ciscar e ciscar, sem nada conseguir de efetivo enquanto isso perdurar.
Não íamos falar disso, para não dar a idéia, mas pelo andar da carruagem vai acontecer: o presidente é livre para escolher o próximo procurador-geral da República. Ele não precisa escolher entre integrantes de lista tríplice, como antes já dissemos. É regra prevista na Constituição. A "lava-jato" foi um sucesso e Moro, um herói, pois a falência do Juciário e do MP é uma realidade já antiga, anterior à Era Lula. E isso se deve ao sistema de nepotismo em concursos públicos, como se Adminstração fosse uma continuação da antiga Corte Real, a nobreza. E é daí que vem a corrupção também. Moro foi uma exceção e é apoiado pela minoria das instituições, tal como aconteceu com Falcone na Itália. Na Itália o Judiciário era formado majoritariamente por corruptos e covardes. Por isso Falcone não conseguiu se eleger para o cargo máximo da magistratura após a "Mãos Limpas". Este desastre se vê pelos candidatos eleitos em lista tríplice, onde se escolhe entre petistas assumidos como Janot e prevaricadoras-gerais como Raquel Dodge (sua manifestação no inquérito 4781 desacompanhada de denúncia de abuso de autoridade contra Toffoli e Alexandre foi uma prevaricação, sem falar na censura, que já vai caindo no esquecimento). Da lista tríplice a ser formada nada sairá. E a gravidade disso é que ela representa a classe. É por isso que Deltan Dallagnol, Moro e outros foram tão festejados, são pontos fora da curva. Lula não criou a corrupção, só se apossou de um sistema podre e tornou-o integralmente podre. O cenário se agrava com a decadência cultural terminal, como se vê na Advocacia, que também se rendeu à ditadura civil montada a partir da cooptação totalitária de gente sem futuro em busca de um lugar ao Sol com bom salário e estabilidade.
O que vai acontecer então? Qual é a novidade não falada? A toque de caixa deveremos ter uma emenda constitucional para alterar o artigo 128, § 1º, da Constituição:
§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução.
Isso é inevitável. Isso será alterado, para castrar Bolsonaro. Feito isso, a amenda constitucional, o sistema de corrupção será blindado. Fechando o circo, da lista tríplice nada sairá de relevante, útil, indepente e sério como Dallagnol, Carlos Fernando dos Santos Lima ou outro integrante da "Lava-jato". Bolsonaro ficará definitivamente amarrado. Terá um inimigo na PGR, para acusá-lo de crime de responsabilidade a todo tempo. E aí estará encerrado seu governo. Sem o STF, sem a PGR, sem o Congresso, o que resta é o "impeachment" (como Collor), a renúncia (como Jânio) ou um tiro (como Getúlio). Tudo isso aconteceu porque o gado amorfo escolheu um presidente, mas não escolheu senadores e deputados, lotou o chiqueiro com os mesmos porcos de sempre, com poucas novidades.
O "benchmark" do fim do governo será a proposta de emenda constitucional para criar a lista tríplice para nomeação de PGR, o que será completado pelo apoio explícito e vigoroso da parte podre da instituição.
Maio, Junho, Julho, Agosto, Setembro. Novo PGR. Supondo que Bolsonaro até lá tivesse liberdade de agir, como hoje tem, o novo PGR (que precisa ser alguém da "Lava-jato") seria o fator decisivo para encurralar o STF e promover as responsabilidades criminais, seja na parte crime comum, seja na parte de crime de responsabilidade. Uma representação da PGR no Senado por crime de responsabilidade de ministro do STF, em forma de denúncia, iria emparedar o Senado, que não teria como fugir ou se esconder na gaveta de Alcolumbre, o renanzinho.
Assim, antes de setembro o governo acaba. Acabará quando a emenda constitucional para mudar o § 1º do artigo 128 da Constituição for proposta e aprovada. Bolsonaro estará então completamente engessado, transformando-se no bobo da Corte, mais do que já é ou está.
É por tudo isso que somente a intervenção militar será a solução. Não há alternativas dentro das regras comuns de ação como "impeachment", ação popular, lei de iniciativa popular, propostas de lei, CPIs, etc. Somente apelando-se para a regra excepcional do artigo 142 da Constituição o país sairá do atoleiro. A intervenção não é para se fazer um governo de militares em si, como no período 1964-1985. É para fechar o inútil e majoritamente criminoso Congresso Nacional (a eleição não renovou as Casas em magnitude suficiente, pois o povo morreu - já havia morrido em 2.002 quando elegeu Lula - e entre as boas novidades eleitas não há pessoas com capacidade técnica mínima para que algo efetivo seja feito, exceto alguns senadores da "lava-toga", estes sim chegaram aos píncaros da tecnocracia necessária, mas são metade de meia dúzia de gatos pingados, a ínfima parcela útil do Congresso Nacional).
O único fator que poderá mudar este quadro será Lula. Quando ele for solto, a ira das pessoas será retomada, pondo-se fogo em tudo, enfim. A culpa recairá, como tem de recair, na corrupção do Judiciário, que voltará então a estar no olho do furacão, furacão que será assoprado de cinco em cinco minutos por Lula, com sua verborragia nojenta.
A máfia, portanto, precisa resolver o que será feito de Lula e outros que estão presos, pois eles hoje são um empecilho para a "pacificação" e retomada total do controle.
Supondo que milgrosamente seja resolvido o problema de Lula, que ele suma do cenário de vez, estarão abertas as portas para a gradativa recuperação das máfias, ficando Bolsonaro e Moro como dois palhaços. Neste cenário, nenhuma reforma deverá ser aprovada. A economia deverá então tomar uma linha de tendência secular de meia parábola invertida, rumo ao colapso, como na Venezuela.
Para os que gostam de reflexões, fica a mensagem religiosa profunda: se todos têm de baixar as cabeças, sujeitando-se às humilhações a ponto até de morrer de sede, de fome e embaixo de tanques, como na Venezuela, não dando valor nem à própria vida, tolerando toda selvageria, por que alguém tem de se preocupar com os outros fazendo caridade? Qual o limite de tolerância que se deve ter para com o crime?
A profunda crise dos dias atuais, onde o Estado e a civilização morreram, traz profundas reflexões que põem à prova uma série de questões.
Retomando então, Lula será o fator de desenlance do quadro. Quando ele for solto tudo explodirá, com togas rasgadas voando. E se ele não for solto também. O único cenário que garantia uma transição tranqüila e inexorável para abaixo do fundo do poço onde está a Venezuela seria se ele sumisse do cenário de vez, não saindo da prisão e nem ficando nela. Uma morte forjada talvez fosse uma solução. Resta combinar com os russos na PF.
A emenda para alterar o artigo 128, § 1º, será então o "benchmark" do caos. O curioso nesta história é que ela será um atestado público de que os congressitas ladrões confiam piamente em que a classe de procuradores elegerá também farsantes na lista típlice, com uma instituição sendo desmoralizada pela outra. Por que outro motivo iria querer um congressita ladrão que o presidente da República ficasse engessado tendo de escolher entre três inúteis representantes de uma classe falida que nem defende os seus heróis na devida proporção? A lógica disso é menos interna do que externa: um Congresso podre que repentinamente se movimenta para engessar o presidente como se fosse em prol de mais idoneidade na PGR, com um procurador eleito pela classe (como seria o argumento sofista cínico), seria a senha da volta da PuTaria a todo vapor.
Bolsonaro, por sua vez, não deve estar preocupado com "procurador conservador", o momento agora é de enfiar um P no C do STF. Bem grande. Bem grosso. Outras questões são acessórias ou menos que secundárias no atual quadro de prioriedades deste exato momento de absolutamente agora neste átimo de instante. Assim, o novo PGR obrigatoriamente terá de ser alguém da equipe da "Lava-jato" de Curitiba. Da lista tríplice só virá mais uma "bruxa" ou então outro "filho da puta do fundo do bar".
O novo PGR é então o fator decisivo do país agora, pois os ladrões do Congresso investigados, denunciados e réus continuam com o escudo do STF para continuar a roubalheira, quando for possível, e o STF continua com o escudo dos ladrões. Uma mão lava a outra e equanto isso Bolsonaro fica de bobo da Corte e Moro com cara de choro.
Não fosse o fator Lula, haveria 80% de probabilidade de o país mergulhar no marasmo econômico de implosão fractal em face do impasse político de um presidente engessado por um Congresso de ladrões que precisa ser fechado. Com o fator Lula, há 70% de chance de tudo explodir caso ele seja solto e 100% de chance de tudo explodir caso ele continue preso. Tudo explodir significa o STF na cadeia. É o que diria Magalhães Pinto, de acordo com as nuvens que passam agora no céu. A pacificação é forçada porque a máfia petista teve de se unir novamente aos que antes perseguiu em vingança, para que todos sobrevivessem.
É por tudo isso que, com ou sem palavrão, Olavo sempre tem razão, exceto por um ou outro senão no meio de um milhão de coisas ditas intercaladas por um palavrão, que é, como ele diz, o argumento que se usa contra quem pensa que tem razão e não passa de um c....zão. E não vamos entrar aqui no mérito da discussão, pois o que está pegando agora é se vão trocar o Dodge Dart por um Landau cheio de lagostas da Friboi, por um conversível cubano dos anos 50 importado do Maranhão ou por foguetes espaciais de Curitiba. Considerando-se o cenário, Bolsonaro deve manter isso em segredo até setembro, fazendo todos crerem que indicará alguém da lista tríplice, deixando todos pensarem que ele é um alienado qualquer.
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